24 abril 2008

(re)conhecer

"... que já lhe dissera que ela não tinha bom gosto pra se vestir, lembrou-se de que sendo sábado ele teria mais tempo porque não dava nesse dia as aulas de férias na universidade, pensou no que ele estava se transformando pra ela, no que ele parecia querer que ela soubesse, supôs que ele queria queria ensinar-lhe a viver sem dor apenas..."

o cotidiano. a rotina. as escolhas não feitas. as que escolhemos abrir mão. tudo o que somos e o que decidimos não ser. talvez eu seja mais não-ser do que penso que sou.
tudo o que acontece. todos que nos cercam. as preocupações. as alegrias. tristezas. angústias. pesares. sorrisos. felicidades.
e cigarros que mediam conversas inacabadas. o copo de café que não esvazia. a nostalgia de fim de tarde. e o medo.
medo de que o sol nasça de novo. e o cigarro acabe. e a conversa amorne. e o copo esvazie.

algumas pessoas entram na nossa vida sem nenhuma pretensão de se tornarem importantes, sem pretensão de se tornarem especiais. e tenho muito apreço por cada uma delas. meus amigos. meus amores. minha irmã.

tanta troca de carinhos e risadas, confissões, declarações, e a noite lá fora...
tantas lágrimas e intimidades e inseguranças. e o medo do amanhecer...

2 comentários:

Luiz Henrique Nascimento de Oliveira disse...

e eu sinto iso tudo de uma forma magicamente intensa

aLê disse...

E eu te amo cada dia mais e mais. De uma forma que só eu sei. E acho que de uma forma que é só por você.

(SWD)